Vidas perdidas, lockdown, vírus espalhados, tristes e delicados momentos. A Maçonaria, não diferente, buscou garantir e proteger a todos os seus operários deste novo vírus que, já mostrou, transformará a vida de toda uma geração. Quem dentre nós passará ileso, seja em sua vida familiar, social e ou em seus relacionamentos fraternos dentro de nossa ordem? Estamos dispersos, vários são os motivos, nossas vidas em diversos aspectos foram atingidas, viramos de cabeça para baixo. Interrompemos nossos trabalhos em Loja, nossa agenda, cerramos a chama de nossa egrégora, abandonamos nossa ritualística, afastamo-nos de nossos templos, efetivamente, isso jogou-nos um balde de água fria, hibernamos; estamos suportando uma grande dor, amargura, pura abstinência, falta dessa fraterna cultura que nos une. A família e o trabalho mantem meu coração meio cheio, hora ele está meio vazio, pois faltam abraços, palavras, faltam gargalhadas, faltam ágapes; falta a proteção de nossas orações, falta-me as mãos carinhosas (de todos) em cadeia de união. Verdade é que, por outro lado, o espírito de solidariedade não nos abandonou e ações visando o bem estar dos mais necessitados explodem em todos os rincões do Brasil, agimos isolada ou coletivamente no intuito de aliviar sofrimentos, evitar doenças; isso nos permite cada vez mais mostrar que somos um só corpo, unidos, tendo o nosso caminho, pelo Grande Arquiteto do Universo (GADU), sempre iluminado. Hoje, como nunca no passado, nosso planeta nos envia uma mensagem curta e grossa: cuide de mim! A pandemia causou incontáveis problemas e prejuízos, mas deixará um exemplo significativo para a humanidade; precisaremos nos unir, cada vez mais, em nome da sobrevivência humana e da própria sobrevivência de nosso planeta. Enquanto o Homem tenta administrar fatos e a se organizar para a normalização de suas atividades profanas, nós, maçons, devemos nos voltar para nossos rituais, estuda-los, rememora-los e, na medida do possível, nos preparar para o retorno de nossas reuniões presenciais, pois, digo-vos, sem nossa ritualística e nossos Templos estamos perdidos; em reuniões virtuais, fora de nossos Templos, falta-nos o sagrado, somos ESQUADRO SEM COMPASSO (e, vice versa). Por Ir.·. Leonardo Garcia Diniz Mes.·. Maç.·. da AA.·.S.·.R.·.L.·.Amparo e União 260 e da Vigilância e Resistencia nº 70 – Ilhéus – Bahia.