Consistório dos príncipes do Rela Segredo é um corpo filosófico de Maçons regulares que integram os três últimos graus do Rito Escocês Antigo e Aceito. Na cultura religiosa (Direito Canônico), consistório é uma reunião solene de Cardeais, convocada e presidida pelo Papa (Romano Pontífice), para prestar-lhe assistência e colaboração no governo da Igreja. Como os Cardeais, os Maçons chegam ao Consistório e recebem como missão a instrução de voltar para as suas origens e ajudar os outros a fazer progresso na Maçonaria até chegarem também ao Consistório. Os Cardeais voltam para os seus países e ajudam a administração das Igrejas e, os inspetores, voltam para suas Lojas Simbólicas e Corpos Filosóficos e ajudam na administração do Rito Escocês Antigo e Aceito.
A Doutrina do Grau 31 (Grande Inspetor Inquisidor Comendador) Rito Escocês Antigo e Aceito está, em grande parte, voltada à aplicação maçônico de Justiça com mais um elemento da formação humana que propicia a estabilidade social estudando diferentes períodos da história da humanidade. Os ensinamentos do Grau englobam o período de decadência da Roma Antiga, passam pela crise ocorrida na Idade Média europeia após a queda do Império Romano e alcançam o período do Iluminismo Germânico com o destacado estrategista e líder militar Frederico II, rei da Prússia (1712 – 1786), Frederico II conquistou a hegemonia política e militar na região onde atualmente ficam a Áustria, Alemanha e Polônia. O monarca teve papel importante na organização econômica e jurídica da atual Alemanha. Ainda criou o Banco de Berlim, organizou o sistema financeiro da Prússia, fortaleceu a educação pública e decretou a tolerância religiosa.
A cerimônia demonstra que o Maçom detentor do Grau 31, é o Guardião do Bem Público. É obvio que para guardar ou resguardar o Bem Público e assim defende-lo, o detentor do Grau precisa ter uma consciência esclarecida de julgamento, capaz de distinguir entre o Bem e o Mal, o justo e o injusto. Neste, dá-se ao Maçom o necessário cabedal de conhecimento para torná-lo um elemento atuante e construtivo no meio social em que vive: cultura social e política, ao invés de inofensivas e anacrônicas digressões históricas.
Em casa País, onde nasceu ou em que vive, o Maçom tem o dever fundamental de contribuir para o Bem Público. A palavra “investigação” é a chave deste Egrégio Tribunal do Grau 31. Todo Maçom deve refletir e fazer um exame próprio das atividades do dia, em espírito e oração. Os erros cometidos hoje devem ser evitados e corrigidos amanhã. Cada dia deve emanar alguma luz como nosso guia futuro. Então, conforme o passar do tempo, nosso caráter estará lapidado, formado e fortalecido, que os irmãos pronunciarão o seu julgamento e dirá com entusiasmo: “Lá está um verdadeiro Maçom.”
Por Ir.•. Juliano Oliveira Santana.
Mes.•. Maç.•., Grau 31º e Membro da A.•.R.•.L.•.S.•. Romã do Progresso, Or.•. de Buerarema – Bahia.