A Ordem do Templo, após ter deixado a Palestina onde gozava de soberania mudou-se para o famoso Castelo do Templo, na França. A Ordem também somou homens na Batalha de São João de Acre, para ajudar o Rei Felipe IV da França. Porém, o Grão-Mestre Jacques DeMolay nesta viagem tinha cometido um erro psicológico ao comparecer perante o Rei com uma escolta de sessenta Templários pertencentes á alta nobreza; contudo, o Rei Felipe IV havia ficado envergonhado ao perceber que os Templários representavam uma força verdadeira, cheios de prestigio, riquezas e poderio militar; um estado poderoso dentro da França.
Jacques DeMolay. Grão-Mestre dos Templários, supunha que as infâmias espalhadas contra a Ordem do Templo provinham do próprio Rei Felipe IV. Porém sua ingenuidade e idade já avançada não o deixavam acreditar que o pai de seu afilhado fosse seu inimigo. Pagou caro por essa confiança. No fim da tarde, Jacques DeMolay, juntamente com os cavalheiros e escudeiros, após assistirem na Capela do Castelo às preces noturnas, foram jantar, retirando-se em seguida aos seus aposentos. Neste exato momento oficiais do rei estavam abrindo uma carta contendo o selo real. Com instruções secretas e trágicas.
Ao lerem o conteúdo da mensagem os oficiais ficaram cheios de medo, pois tratava-se nada menos do que prender o Grão-Mestre e seus Templários, que eram hóspedes do Rei da França. Assim marcharam contra o Castelo “Fortaleza do Templo” surpreendendo sem qualquer resistência os infelizes Templários, que estavam dormindo. Ao nascer do dia, os corneteiros do rei chamaram a atenção do povo para que todos soubessem a razão deste golpe de força contra “os inimigos da França e dos franceses”, mas ninguém naturalmente acreditou. O Rei Felipe IV, “O BELO”. Tratou de reunir imediatamente os “Estados Gerais” na cidade de Tours, para declarar os Templários passiveis de pena de morte. Foram feitas várias acusações, entre as quais Apostasia da Fé, heresia e idolatria, além de afirmar que o ritual de ingresso na Ordem seria obsceno.
O Grão-Mestre e todos os Templários foram torturados e forçados a confessar os procedimentos que o Rei queria ouvir, quando a 11 de março de 1.314 o Grão-Mestre solicitou ser ouvido e quando os inquisidores pensaram que iria ele “implorar o perdão ao Rei e a misericórdia do Papa”, declarou ele que tudo lhe tinha sido extorquido à força, pela Santa Inquisição, através de tormentos, e que não temia a morte. Estas palavras atingiram o Rei que, dois dias depois pronunciou a sentença de condenação de Jacques DeMolay, que deveria morrer na fogueira; então, no dia 18 de Março de 1.314 o Grão-Mestre foi queimado amarrado em uma coluna e cercado de troncos embebidos em líquidos inflamáveis. Destaca-se do grupo de carrascos a figura de um homem com um negro capuz, ele curva-se e lança o fogo à lenha que rapidamente se inflama e se converte num manto de chamas. A multidão não aplaude; ao contrário, murmura e põe-se de joelhos no chão. E, neste momento trágico se escuta uma voz, a voz do 22º Grão Mestre dos Templários, que grita: “Intimo o Rei, o Papa e o Ministro a comparecerem perante o tribunal de Deus, no prazo de um ano. Deus tende piedade de mim!” A história colocou sobre o Rei Felipe a marca de Caim, pelo assassinato de DeMolay e milhares de corajosos membros da Ordem.
“De acordo com a lenda, de dentro das chamas o Grão-Mestre Jacques DeMolay amaldiçoou o REI FELIPE IV e sua descendência, o Papa Clemente V e o ministro Nogaret, afirmando que estes seriam convocados perante o Tribunal de Deus no prazo de um (01) ano; de fato, todos os três morreram dentro desse prazo”.
A Ordem DeMolay é um grupo de jovens patrocinado e apoiado pela Maçonaria desde 1.919, que foi criado nos Estados Unidos da América por um Maçom da Cidade de Kansas City chamado Frank Sherman Land. O Maçom Alberto Mansur fundador da Ordem DeMolay no Brasil, tomou conhecimento da existência da ordem em 1.970, através da leitura do The New Age – July 1.969, um comemorativo do cinquentenário da Ordem. A partir de então, interessou-se em trazê-la para o Brasil, revelando esse desejo ao Soberano Grande Comendador norte-americano George A. Newbury em 1974. Cinco anos depois, em 1.979, o então Grande Mestre Internacional C.C. “Buddy” Faulkner, líder e entusiasta da Ordem, autorizou Alberto Mansur a fundar a Ordem DeMolay no Brasil, nomeando-lhe, em 1980, Membro do Supremo Conselho Internacional e Oficial Executivo da Ordem DeMolay para o Brasil.
O Ir.·. Alberto Mansur Faleceu na Cidade do Rio de Janeiro no dia 17 de Julho de 2012.
A Ordem DeMolay tem por objetivo criar bons cidadãos, que respeitam as leis, que convivam em harmonia com a sociedade, que auxiliam o próximo em suas necessidades básicas e educacionais e que, por meio do exemplo, sirvam como modelo a ser seguido por todos os jovens. Ou, nas palavras do Primeiro Diácono na Cerimônia de Iniciação que diz o seguinte: “O grande objetivo de nossa Ordem é ensinar e praticar as virtudes que nos levam a uma vida pura, reta, patriótica e reverente, como a melhor preparação para a maioridade da qual nos aproximamos. Nós procuramos, sinceramente, ser melhores filhos, melhores irmãos e melhores amigos, para que, ao chegarmos aos anos da maioridade, possamos ser melhores homens.” O Capítulo DeMolay é responsável por conceder os Graus Iniciático e DeMolay é a célula base de nossa Ordem. Existe também a Ordem Sagrada dos Soldados Companheiros de Jacques DeMolay, que se reúne em Priorados, que são responsáveis por conceder o Grau de Nobre Cavaleiro e do Ébano e algumas outras encenações opcionais. Além dessas duas organizações temos também a Corte de Chevalier, que é uma organização que congrega os DeMolays que receberam o Grau de Chevalier, que é a maior honraria que um membro ativo da Ordem DeMolay pode receber. Cada uma dessas organizações congrega jovens de diferentes idades e que possuem necessidades e aspirações diferentes.
A Ordem DeMolay realça na atualidade, no magnífico exemplo de Jacques DeMolay, inalterável fidelidade à confiança nele depositada e lealdade até a morte. A Ordem DeMolay não professa nenhum credo religioso. A segunda (2ª) das Sete Velas simboliza a Reverencia sobre as coisas sagradas. Aos DeMolays cabe o respeito a todos os credos e objetos sagrados de todas as religiões, considerando que todos professam determinadas verdades eternas que devem merecer atenção. Aqui no Brasil por ser o País predominante católico é fundamental da utilização da bíblia aberta em todas as reuniões, a Ordem DeMolay abomina o ateísmo proveniente da descrença e ignorância bem como qualquer deturpação religiosa que venha prejudicar espiritualmente o ser Humano.
No dia 19 de Janeiro de 2.010 o então Presidente da República Federativa do Brasil Excelentíssimo Sr. Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a seguinte Lei: Presidência da República – Casa Civil – Subchefia para Assuntos Jurídicos – LEI Nº 12.208 DE 19 DE JANEIRO DE 2010 – INSTITUI O DIA DO DEMOLAY – O PRESIDENTE DA REPÚBLICA. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1o Fica instituído o Dia do DeMolay, a ser comemorado, anualmente, no dia 18 de março. Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 19 de janeiro de 2010; 189o da Independência e 122o da República.
Essa Peça de Arquitetura foi elaborada em homenagem a todos os DeMolays Brasileiros e em Especial os DeMolays dos Capítulos: Cavaleiros da Mestra Nada nº 815 e Buerarema nº 64 ambos dos OOr.·. de Camacã e Buerarema - BA-BR respectivamente. Or\ de Camacã, BA. 18 de Março de 2021.
Fraternalmente,
Ir.·. Ernande Costa Macedo, 33º.
Secretário da Academia Maçônica de Letras Ciências e Artes da Região GrapiÚna (AMALCARG)
