O potencial da produção do gás natural no estado foi tema do workshop “Acesso às estruturas de processamento e escoamento em Catu”, promovido pela Bahiagás em parceria com a Petrobras, na última terça-feira (12), no salão de eventos do Novotel (Rio Vermelho). O encontro reuniu lideranças das duas companhias, além de representantes das principais empresas supridoras do energético na Bahia.

A proposta do evento surgiu a partir da interação do Governo do Estado com a Petrobras, visando viabilizar o aumento da produção do gás natural em território baiano. “Esse workshop é fruto de uma pauta alinhada entre o governador da Bahia e a alta administração da Petrobras. Um dos pontos na pauta foi a disponibilização do acesso à infraestrutura de processamento e escoamento da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) de Catu”, explicou a diretora Técnica e Comercial da Bahiagás, Larisse Stelitano.

“Atualmente, a Bahiagás distribui 68% de gás natural nordestino, sendo 41% de gás natural baiano, mas o estado tem um potencial enorme de gás que precisa vencer o desafio do escoamento e processamento para chegar ao mercado. Com esse obstáculo superado, fortaleceremos um ciclo virtuoso dentro do estado, com produtores independentes gerando mais empregos, renda e investimentos na Bahia”, destacou Larisse.

Também presente no evento, o gerente-geral de Comercialização de Gás e Energia da Petrobras, João Marcello Rangel Barreto, reforçou o comprometimento da petrolífera com o mercado de gás natural brasileiro. “A mensagem que queremos passar é de otimismo. Temos um caminho a seguir e a crescer, mas temos que fazer isso de forma conjunta, entendendo como cada um pode colaborar nesse processo”, afirmou. Ele ainda ressaltou que “a indústria de exploração e produção de óleo e gás é marcada pela colaboração. São necessários investimentos no setor, por isso existe a necessidade de construirmos uma cadeia cada vez mais sólida, unida e sustentável”.

Já a gerente-geral da Unidade Bahia da Petrobras, Vânia Legrand, destacou que o mercado possui inúmeras oportunidades. “O plano estratégico da empresa prevê investimento de 5,3 bilhões no setor. Esse é um recado claro: estamos de volta à Bahia”, comemorou. Segundo ela, a estimativa é triplicar a produção de gás natural até 2027/2028.

Crescimento

Durante sua apresentação no workshop, o gerente de Suprimento de Gás e Mercado da Bahiagás, Makyo Félix, destacou o crescimento da Companhia, em especial o projeto Gás Sudoeste. Conforme ele demonstrou, a perspectiva é que o novo duto de distribuição inicie as operações no começo de 2025. “É um investimento muito relevante que passa um recado para os produtores: o mercado baiano pode absorver a produção de gás natural”.

“O energético tem uma relevância muito grande para a economia baiana, por isso estamos aqui reunidos, discutindo o processamento e o escoamento desse energético. O Estado entende a necessidade de fortalecer essa cadeia, porque, mesmo nesse cenário de transição energética, reconhece a indústria de petróleo e gás como um dos principais direcionadores de desenvolvimento”, afirmou Makyo. “Esse é o momento de conectar esses elos. A Companhia, como fomentadora e impulsionadora desse mercado, precisa do apoio de todos para que o gás chegue competitivo ao mercado consumidor”, completou.

O workshop contou ainda com a presença de membros das empresas Alvopetro, Imetame, Origem, Petroreconcavo, Brava Energia, Creative Energy, Petroborn e GeoFlux, além dos representantes da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado (SDE), Hugo Cotrim e Ana Beatriz Souza. (Ascom Bahiagás/Foto Paulo Macedo)