Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a Bahia gerou, em maio, 8.785 postos com carteira assinada, decorrente da diferença entre 82.982 admissões e 74.197 desligamentos. Trata-se do quinto mês seguido com saldo positivo. De responsabilidade do Ministério do Trabalho e Emprego, os dados do emprego formal foram sistematizados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).
Na Bahia, o saldo de maio se revelou inferior tanto ao de abril (+10.806 postos) quanto ao do mês de maio do ano passado (+9.299 postos) e foi o segundo menor do ano até agora no estado.
Com o saldo de maio, a Bahia passou a contar com 2.097.433 vínculos celetistas ativos, uma variação de 0,42% sobre o quantitativo do mês imediatamente anterior. O município de Salvador, ao registrar um saldo de 557 postos de trabalho celetista, contabilizou 657.754 vínculos, indicando um aumento de 0,08% sobre o montante de abril.
Na Bahia, em maio, todos os cinco grandes grupamentos de atividades econômicas registraram saldo positivo de postos de trabalho celetista. O segmento de Serviços (+3.659 vagas) foi o que mais gerou postos dentre os setores. Em seguida, Indústria geral (+2.361 vínculos), Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (+2.001 postos), Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (+390 empregos) e Construção (+374 vagas) também foram responsáveis pela geração.
No mês, o Brasil computou um saldo de 131.811 vagas, enquanto o Nordeste registrou 31.742 novos postos – representando variações relativas de 0,28% e 0,41% comparativamente ao estoque do mês anterior, respectivamente. A Bahia (+0,42%), portanto, de abril a maio, exibiu um aumento relativo do estoque de vínculos maior do que o do país e do que o da região nordestina.
Das 27 unidades federativas do território nacional, 26 apontaram crescimento do emprego celetista em maio deste ano. O estado do Rio Grande do Sul (-22.180 vagas) foi o que apresentou saldo negativo no mês. A Bahia, com 8.785 novos postos, exibiu o quarto maior saldo do país. Em termos relativos, com variação percentual de 0,42%, situou-se na nona posição.
No Nordeste, todos os nove estados experimentaram alta do emprego formal. Em termos absolutos, a Bahia (+8.785 postos) ocupou a primeira colocação na geração de vagas, seguida pelos estados do Ceará (+6.956 postos), Pernambuco (+3.992 vínculos), Rio Grande do Norte (+2.736 postos), Maranhão (+2.416 vagas), Alagoas (+2.224 vagas), Piauí (+2.134 empregos celetistas), Paraíba (+1.776 vínculos) e Sergipe (+723 vagas).
Do ponto de vista da variação relativa mensal do estoque, o estado de Piauí (+0,60%) foi o destaque da região nordestina, seguido por Rio Grande do Norte (+0,54%), Alagoas (+0,51%), Ceará (+0,51%), Bahia (+0,42%), Maranhão (+0,37%), Paraíba (+0,36%), Pernambuco (+0,27%) e Sergipe (+0,22%).
Empregos
No agregado dos cinco primeiros meses de 2024, levando em conta a série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo, a Bahia preencheu 45.138 novas vagas – aumento de 2,20% em relação ao total de vínculos celetistas do começo do ano. O município de Salvador registrou 22.071 novos postos no período (variação positiva de 3,47%).
Segundo o especialista em produção de informações da SEI, Luiz Fernando Lobo, “a geração de postos de trabalho com registro em carteira na Bahia continua surpreendendo em 2024, visto que o saldo acumulado de janeiro a maio deste ano, com pouco mais de 45 mil novos postos, supera o resultado para o mesmo conjunto de meses do ano passado, quando 43.155 novos vínculos empregatícios foram estabelecidos”.
No somatório de janeiro a maio, do ponto de vista setorial, todos os cinco grandes grupamentos de atividades registraram resultado positivo. O setor de Serviços (+28.954 vagas), de longe, foi o de maior saldo. Em seguida, os segmentos de Indústria geral (+7.499 vínculos), Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (+3.407 empregos), Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (+3.123 vagas) e Construção (+2.154 empregos) também foram responsáveis pelo surgimento de novas vagas.
O crescimento do emprego celetista também foi observado no Brasil e no Nordeste no acumulado do ano, com 1.088.955 e 94.099 novas vagas, respectivamente – significando, nessa ordem, aumentos relativos de 2,39% e 1,24% em relação ao quantitativo de empregos celetistas no início do ano.
Dentre as 27 unidades federativas do país, 26 contaram com aumento do quantitativo de empregos celetistas no acumulado deste ano. O estado de Alagoas (-10.889 postos) foi o único com saldo negativo. A Bahia, com 45.138 novos postos, exibiu o oitavo maior saldo agregado do país. O desempenho relativo baiano, com alta de 2,20% no ano, posicionou o estado na 16ª colocação no país como um todo.
Ainda em termos de saldo acumulado no ano, a unidade federativa baiana (+45.138 vagas) continuou à frente das demais do Nordeste, que contou com Ceará (+23.743 postos) e Pernambuco (+8.810 vínculos) na segunda e terceira posições, respectivamente. Em termos proporcionais, no agregado do ano, a Bahia (+2,20%) ficou na segunda posição dentro da região nordestina, atrás somente do Piauí (2,39%).
Fonte: Ascom/SEI