Um pouco de História

O município de Itajuípe tem sua história marcada por inúmeras lutas. A busca pela emancipação do município começou em 1934, com a realização de atos em defesa da separação do distrito de Pirangi, que pertencia a Ilhéus.

Foram quase suas décadas de batalhas, pressões econômicas e políticas exercidas pelo município-sede contra o distrito. Até que, em 12 de dezembro de 1952, estourou o movimento emancipacionista, liderado por João Deway Guimarães e tendo como secretário-geral, Humberto Oliveira Badaró. As pressões do prefeito Pedro Catalão contra a emancipação não resistiram à força da comunidade da antiga Pirangi.

E, em 12 de dezembro daquele ano, o governador Régis Pacheco determinou o reconhecimento do distrito como município.   

 A História da Maçonaria na cidade de Itajuípe, antecede a sua emancipação política-administrativa, que aconteceu graças as lutas dos maçons que compunham a Loja Acácia do Sul de Pirangi.

Em maio de 1928, na residência do maçom Elias Tanus Gane, os maçons se reuniram pela primeira vez e traçaram planos de ação. Ficou designado que o maçom Aziz Raimundo iria a Salvador, devidamente credenciado, receber instruções junto ao Grão Mestrado da Bahia para a criação de uma Loja Maçônica em Pirangi, então distrito de Ilhéus. Na volta, com as instruções em mãos, o mesmo grupo de maçons se reuniu na residência do maçom Aziz Raimundo, no dia 14 de maio de 1928, e criaram a Loja Maçônica “Acácia do Sul” de Pirangi, cuja data da “Queda da Bastilha” foi escolhida previamente de comum acordo, como símbolo da luta que eles iriam empreender contra as forças políticas de Ilhéus.

A histórica primeira diretoria era composta pelo Venerável Aziz Raimundo, 1º Vigilante José Antônio da Silva; 2º Vigilante Aurino Carlos Ameno; Orador Francisco Ribeiro da Silva, Secretário Armando Pires; Tesoureiro João Sampaio Rego; Chanceler Henrique Kruschewsky, Hospitaleiro José Oliveira Pena; Mestre de Cerimônia Carlos; 1º Experto José de Oliveira Aguiar; 2º Experto Domingos Fernandes Badaró; 3º Experto José de Oliveira Aguiar, Cobridor Elias Tanus Ganem; 1º Diácono Thomaz Barra; 2º Diácono Álvaro Ferreira de Oliveira, Adjunto de Orador Abdala José Ataya e Adjunto de Secretário João Batista dos Santos.

Na primeira sessão econômica da Loja, ficou aprovado por unanimidade os ideais de que inspiraram os membros fundadores da Oficina. Que lutaram individualmente, mas principalmente como unidade de Loja, para emancipar Pirangi, usando o grande conceito da Maçonaria e dos Maçons, nos altos meios da política e da administração pública do Estado e do país, para conseguir implantar em Vila de Pirangi, os serviços essenciais ao funcionamento normal de uma cidade, a exemplo de posto médico, hospitais, ginásio, escolas, dentre outros.

A ARLS Acácia do Sul, logo após a sua fundação, passou a funcionar em um prédio adaptado na antiga Praça da Feira, atual vereador José Adry. E, em 1938 transferiu-se para sua sede própria, na rua Diógenes Vinhaes, nº 382, centro, onde permanece até hoje.

A Loja Acácia do Sul, com atuação dinâmica em todos os setores vitais de Itajuípe no passado e no presente, portanto, foi fundada em 14 de junho de 1928, por ato assinado pelo primeiro Grão-Mestre da Maçonaria no Estado da Bahia, Dr. Francisco Borges de Barros, que também assinou o ato de regularização provisória em 15 de novembro de 1928. E no ano de 1946, o então Grão-Mestre Francisco Pinto de Souza, em Ato nº 149, de 13 de junho de 1946, concedeu a Loja, o honroso título, com diploma de honra ao mérito: ‘Valorosa Venerável Benemérita, Benfeitora e Grande Benemérita Loja Simbólica’, título distintivo de Acácia do Sul nº 15 da Grande Loja Maçônica Unida da Bahia (GLEB). 

Por Vercil Rodrigues e o Irmão Sebastião Otoni de Oliveira no livro “Edição Comemorativa dos 90 anos de fundação da Loja Maçônica Acácia do Sul”.