Meus prezados IIr.·., para que possamos desenvolver essa Peça de Arquitetura vamos recorrer a um dicionário da língua portuguesa sobre a palavra “VISITA” quer dizer:  ato de visitar, de ir ver alguém em casa; as vezes tem visitas que ocorre por interesse ou ainda por curiosidade. Já na Maçonaria a palavra “VISITANTE” quer dizer:  aquele Ir.·. que aspira assistir aos trabalhos do seu grau em outra Loja em seu Or.·. ou em outros OOr.·. em qualquer região ou País. De certo, todo Maçom pode ser VISITANTE, desde que se encontre em pleno gozo de seus direitos maçônicos apresentando sua identificação como: carteira maçônica, passaporte maçônico (quando for ao exterior) quitação das suas mensalidades e se possível a palavra semestral. Muitas vezes o Ir.·. VISITANTE é recebido com as honras a depender do seu Grau ao seu posto na hierarquia, e, caso já seja conhecido da Loja visitada não será mais necessário aqueles tramites legais; também é importante dizer que as visitas maçônicas não é apenas um dever do Maçom, mas, um direito assegurado pela lei, conforme nossas constituições maçônicas, tendo inclusive direito ao recebimento de um Cartão de Presença pela Loja visitada.

Ao iniciarmos na Maçonaria, ficamos sabendo que ela é Universal, portanto, daquele dia em diante estamos aptos a visitarmos qualquer Loja desde que esteja trabalhando no nosso Grau; sabemos que existe vários RITOS iguais ou diferentes ao nosso que são praticados por inúmeras Lojas que estão espalhadas pelo mundo, desde aquela Loja que se encontra em nosso próprio Or.·. até uma outra Loja em qualquer parte do mundo. Quando nós Maçons vamos fazer VISITAS, não devemos esquecer que ao visitarmos uma Loja seja onde for, nós VISITANTES, somos os representantes da nossa Loja Mãe e, portanto, devemos nos portar de maneira ética a elevar o nome da nossa Loja e Potencia e do nosso Ven.·.M.·., assim, como de todos os IIr.·. que compõem o quadro da nossa Loja. Não esquecendo que devemos como VISITANTES nos comportar como tal.   Ao pretendermos visitar uma Loja Maçônica, mesmo que já conhecendo, é recomendado ao Ir\ VISITANTE que, verifique o tipo de Sessão a ser realizada, muitas vezes evitaremos de sermos impedidos de assistir aos trabalhos, por exemplo: numa Sessão de Mestres Maçons, e, sendo nós AApr.·. ou CComp.·. não podemos participar ou, quando constar da Ordem do Dia, discussão  de assuntos internos e/ou administrativos; também, devemos evitar comparecer trajados de Balandrau, pois o correto é estar sempre de terno e gravata da cor de seu Rito. Também é bom o VISITANTE saber qual o Rito que a Loja visitada trabalha para prestarmos mais atenção aos detalhes daquele Rito. Em visitas às Lojas fora do nosso Estado será bom antes entrar em contato com o Ven.·. M.·. da Loja que será visitada para maiores esclarecimentos.

Em se tratando de visita a Loja fora do Brasil, será necessário que o Ir.·. VISITANTE requeira, junto a sua Potência Maçônica, uma autorização expressa do Grão Mestre e, é interessante também que o Ir.·. VISITANTE tenha um pouco de conhecimento do idioma do País visitado e, não esquecendo o seu Passaporte Maçônico. Agora meus IIr.·., antes de sairmos fazendo VISITAS a outras Lojas devemos conhecer muito bem o nosso Rito, nossa ritualística, nossa liturgia, nosso simbolismo, a Palavra Semestral e o principal “o Telhamento”; caso o VISITANTE seja Apr.·. ou Comp.·. será bom na maioria das visitas que vá acompanhado de um Mestre Maçom, pois o mesmo já tem experiência em visitações. (É o que imaginamos).

Nós, estando visitando Lojas praticantes de outros Ritos, deveremos ficar em silêncio absoluto, mantendo sempre as mãos nos joelhos, em posição ereta, nunca ficar de lado, com os braços cruzados, com as pernas cruzadas, com os braços sobre o encosto da cadeira ao lado, falar apenas quando solicitado ou quando permitido. O importante é ouvir mais do que falar, se falar que seja somente se for estritamente necessário e, se possível sempre abster-se de participar das votações colocadas em Loja visitada. Quando o Ir.·. VISITANTE, estiver em uma Loja pela primeira vez, deverá apresentar-se, (dizendo o seu nome e se possível sua profissão), falar o nome da Loja a que pertence e, se for de outro Rito dar conhecimento aos presentes; deve, sempre, portar uma mensagem do seu V.·. M.·., e convidar todos os IIr.·. da Loja visitada para participarem dos trabalhos em sua Loja assim, estarão estreitando os laços de amizade entre as Lojas. Nós, visitamos outras Lojas no intuito de buscarmos mais conhecimentos, e sempre estreitando as relações existentes entre os Obreiros das Lojas espalhadas pela Região, Estado ou pelo País. Também buscamos o conhecimento filosófico e ritualístico para ampliarmos nossos conhecimentos. Neste ano de 2023 eu já efetuei 32 visitas à Lojas Simbólicas e 9 visitas à Lojas dos Graus Filosóficos da minha Região e o que faz com que eu visite outras Lojas são o entusiasmo e a motivação pela Ordem Maçônica, mas, o mais importante é a convivência fraterna entre meus queridos IIr.·..

Precisamos e devemos fazer VISITAS, nos unirmos mais, sermos realmente livres e de bons costumes, para que possamos “levantar templos a virtude e cavarmos masmorras aos vícios”.

Eu sempre digo: “QUEM NÃO VISITA NÃO É CONHECIDO”.

Fraternalmente,

Ir.·. Ernande Costa Macedo

Delegado Distrital da 61ª Delegacia Distrital (Camacã e Buerarema) da Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia (GLEB)