Andando pelo Beira Rio, atrativo das pessoas que moram na cidade, todos adoram, o ar livre, apesar de sentir um mau cheiro, que não é meu, mas dos destroços que jogam para me destruir, todos admiram, e não fazem nada para ajudar-me. Fascinam com as minhas águas, a minha beleza, e sou usada para os benefícios da sujeira que recebo de vocês.

Qual o meu nome?

As vezes pronunciado sem nome, simplesmente RIO, sofro muito com a falta de educação das pessoas que me maltratam, jogam lixo, esgoto da cidade e das ruas, utensílios e móveis velhos, constroem casas às margens, destroem as poucas árvores que ainda existem próximo ao meu leito.

Mas, mesmo assim, estou sofrendo, e vivendo com muito sacrifício, as vezes penso em morrer, mas vejo que vocês ainda precisam de mim, para carregar um peso que não é meu, são de vocês.

Quando DEUS, manda as chuvas, recebo com alegria, pois é a única certeza que tenho, para poder limpar toda a sujeira, que vocês deixam, às margens e nas encostas, impedindo eu caminho.

E, quando as chuvas caem em grande quantidade, todos nós sofremos, pois não quero magoar e prejudicar ninguém, e nem destruir.

As enchentes, as inundações, os alagamentos, em que deixam muitas famílias desabrigadas e casas destruídas, a culpa não é minha, é de vocês, que encurtaram o meu caminho para saciar os seus anseios e desejos, inclusive falam, os imóveis as vistas do Rio, são mais valorizados, e EU, sou valorizado?

Eu estou pedindo socorro, clemência, cuide melhor de mim, pois serei amigo e companheiro de todos vocês, meu nome é RIO CACHOEIRA.

Por Marilúcio Dantas

Mes.·. Maç.·. e CEO da Nova Liderança Corretora.