A Casa do Povo realiza, na manhã desta quinta-feira (5), no Plenário Orlando Spínola, uma sessão especial para debater as Políticas Públicas para a Dança na Bahia, uma proposição do deputado Marcelino Galo (PT), que convidou renomados diretores de festivais de dança, produtores culturais e coreógrafos para este encontro de arte. “Existe uma carência muito grande de alternativas neste setor. Faltam equipamentos, espaços públicos, teatros para que os profissionais desenvolvam melhor o treinamento. Só editais não são suficientes, temos que ter políticas estruturantes para a dança”, afirmou a ativista social Beth Wagner, que trabalha na assessoria do petista.

A Mostra de Dança, organizada por Beth e pela assessora ambientalista Neia Ramos, em parceria com a Secretaria Estadual de Educação (SEC), terminou na tarde desta quarta-feira (4), após dois dias de espetáculos no palco do Auditório Jornalista Jorge Calmon. Jovens estudantes e até idosos se apresentaram, arrancando aplausos entusiasmados da plateia. Foi assim com o grupo Guerreiros de Palmares, do bairro de Pernambués, em Salvador. Ao som do atabaque e com paus de madeira nas mãos, os alunos da Escola Estadual Kleber Pacheco mostraram uma coreografia de maculelê, uma dança percussiva que tem origem no município de Santo Amaro, baseada na cultura afro-indígena-brasileira.

Jazz, balé clássico e dança ministerial religiosa integraram o repertório do Estúdio de Dança Jamile Oliveira, coreógrafa formada pela Universidade Federal da Bahia que desenvolve seu trabalho de dança ensinando 50 jovens da comunidade de Cajazeiras. Cândida Campos, gerente da Escola Contemporânea de Dança, do bairro da Graça, trouxe oito garotas, na faixa de 20 anos, para executar três performances: Scherzo, Afro Duncan e How Beautiful. Mas no meio da juventude, quem fez sucesso foi o grupo Universidade Aberta da 3ª Idade, com estudantes da Universidade do Estado da Bahia (Uneb). Sob o comando dos professores Joatan de Jesus e Sônia Bamberg, 12 idosos bailaram felizes pelo auditório. Edevaldo da Silva, 85 anos, Lázaro do Espírito Santo, 78 anos, Denise Oliveira, 69 anos e Marlene Coutinho, 83 anos, dançaram um merengue, tipo de música bastante difundida em Angola, que foi levada pelos escravos africanos para países da América Latina. 

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