Pioneirismo na mobilidade internacional de técnicos universitários

A Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) é a primeira Instituição de Ensino Superior da Bahia a possibilitar que os seus servidores técnicos-administrativos realizem mobilidade presencial em nível internacional. Com esse objetivo o Conselho Universitário aprovou o Edital Uesc Nº 155/2023, com o objetivo de apoiar institucionalmente a qualificação internacional de técnicos administrativos da Universidade, por meio do Programa de Intercâmbio Latino-Americano (Pila).

Foram selecionados para realizar mobilidade presencial por 15 dias corridos cada: Rosana Queiroz Santos Caldas, na Universidade Autônoma de Sinaloa (UAS), Campus Culiacán, México; e Jorge Eduardo Souza Zaidan Nassri, na Universidade de la Costa (CUC), Campus Barranquilla, Colômbia.

O objetivo do intercâmbio feito pela servidora Rosana Queiroz Santos Caldas foi compartilhar experiências em projetos sociais desenvolvidos pela Uesc; assim como descobrir novas ideias e projetos que são liderados pela UAS, por meio da Unidade de Bem-Estar Universitário (UBU), em conjunto com a Direção Geral de Ligação e Relações Internacionais (DGVRI); e compreender suas estratégias de ação para a promoção do bem-estar universitário.

“Penso que um desafio comum esteja associado à compreensão da importância de se promover o bem-estar universitário como um investimento para o bom desempenho institucional. As pessoas que constroem a universidade todos os dias necessitam conviver em espaços saudáveis e criativos. Destaco o fato de que a Uesc está passando por um importante momento de reorganização de sua estrutura (criação de novas unidades), além de estar iniciando um novo ciclo de gestão que coincide com o início da execução de um novo plano de desenvolvimento institucional, o que abre possibilidade para pôr em prática o que aprendi nos diálogos com os colegas da UAS”, avalia Rosana Queiroz em seu relatório, em que também agradece à Reitoria, à Assessoria de Relações Internacionais (Arint) e à Pró-Reitoria de Administração e Finanças da Uesc pelo apoio e pioneirismo.

Por sua vez, o plano de trabalho de Jorge Eduardo Souza Zaidan Nassri previu o intercâmbio de informações acerca da captação de recursos e financiamento da pesquisa científica. O servidor levou a experiência da Gerência de Apoio a Projetos Institucionais, vinculada à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Uesc, que há anos vem captando recursos das mais diversas formas, principalmente das agências de fomento do governo brasileiro (cerca de 25 milhões de reais nos últimos dez anos), ao passo que aprendeu como o processo de financiamento e captação acontece em instituições colombianas, em especial da Universidade de La Costa.

 “A instituição da Colômbia fora escolhida por mim, entre as opções disponíveis, por possuir uma economia mais parecida com a do Brasil, passando pelas mesmas dificuldades que as nossas em termos de investimentos em pesquisa, fazendo, assim, que tenhamos mais coisas em comum e informações importantes a trocar”, explica Jorge Zaidan.

Para o servidor, “a possibilidade de técnicos administrativos exercerem esse tipo de intercâmbio representa um marco em capacitação, internacionalização e investimento em recursos humanos pela gestão superior, que tem valorizado nossa categoria desde sempre. A expectativa com essa experiência é de trazer novas ideias para serem aplicadas na nossa Universidade, sejam de novas possibilidades para angariar recursos para a pesquisa, seja a de execução de projetos e processos dentro da minha área de atuação”.

O reitor da Universidade Estadual de Santa Cruz, Alessandro Fernandes, explica que a iniciativa de viabilizar a participação de servidores técnicos ou analistas em programas de intercâmbio pela Universidade é uma ótima oportunidade para o desenvolvimento profissional e pessoal dos servidores e possibilita a construção de novos conhecimentos, habilidades e perspectivas que podem ser aplicados em seus cargos. “Além disso, a interação com estudantes e pesquisadores de outras universidades pode estimular a inovação e a colaboração entre instituições. Esse tipo de iniciativa pode, através da troca de experiências, contribuir significativamente para o aprimoramento dos serviços e o desenvolvimento das instituições envolvidas”, conclui o gestor.