Incentivar a inclusão social e educacional por meio do basquete é um dos focos do projeto Manduri, em Trancoso, Porto Seguro. São aulas e treinos gratuitos, oferecidos pelo programa BIS (Basquete Inclusão Social), que faz parte do projeto para acolher crianças e jovens, entre 10 a 21 anos. A iniciativa conquistou inclusive, a inclusão das atividades na grade extracurricular da Escola Municipal Honorina Passos, contando com 70 alunos.
Como parte do Manduri, o BIS resgatou as aulas de basquete da escola, que estavam prestes a ser paralisadas por falta de investimento. Com a implementação de ferramentas de gestão pelo Manduri, o esporte tornou-se um catalisador para diversos benefícios associados ao projeto. Para a realização, a iniciativa conta com profissional de Assistência Social, além de parceria do CRAS (Centro de Referência e Assistência Social), para oferecer suporte profissional em saúde, programas de prevenção ao uso de drogas e promoção da socialização. Com a participação de professores, voluntários, investidores e alunos, o BIS pretende melhorar o índice de permanência dos alunos nas escolas. “Para além da prática desportiva, todos os integrantes recebem tarefas e responsabilidades para que desenvolvam habilidades sociais coletivas. Para mencionar alguns exemplos, os participantes devem cuidar dos materiais das aulas, compor a lista de presença e manter a limpeza e organização da quadra e da escola”, explica Geraldo Pereira, diretor de Relações Institucionais da desenvolvedora BRASIS, instituição idealizadora do projeto. “A cada missão cumprida é atribuída uma pontuação.
Dessa forma, a ideia é motivar os alunos a serem os primeiros a zelar pela infraestrutura local e conquistar mais recursos para aquisição de bolas, cestas, uniformes, entre outros equipamentos para o crescimento do projeto na região”, complementa o diretor. DEPOIMENTOS – Segundo o aluno Pedro Paulo Basker, de 16 anos, o BIS representa evolução física e mental. “O basquete está me ajudando a crescer não só fisicamente, mas também mentalmente, mostrando que o companheirismo e a confiança são o que movem um time. E o BIS está trazendo isso para a gente, mostrando que a confiança faz chegar ao lugar certo e, mesmo que não se torne um grande jogador, você vai ser um cidadão de bem.
E essa é a parte mais empolgante: saber que os treinadores dedicam tempo para passar isso para a gente”, afirmou. Jhon Petros Cabral Gomes, de 15 anos, espera que o BIS cresça ainda mais, transformando a vida de jovens. “Desde quando comecei a treinar, há dois anos, tenho o sonho de me tornar profissional, porque faz bem para a vida. Em vez de estar parado em casa, estamos aqui treinando sem fazer mal aos outros na rua, sem prejudicar ninguém. Espero que o projeto BIS cresça mais e mais. Todos os alunos daqui pensam o mesmo”, ressaltou. SERVIÇO – Os estudantes interessados podem acessar o formulário de cadastro neste link https://rb.gy/bhc2f0. POR QUE MANDURI? O nome do projeto foi inspirado na abelha manduri. “Por ser conhecida por seu trabalho em equipe e estratégias coletivas, ela nos traz a metáfora perfeita para nosso projeto, que visa promover a união comunitária e o desenvolvimento sustentável.
Assim como as manduris, que são essenciais para a biodiversidade e a agricultura por meio da polinização, o Projeto Social Manduri almeja ser um agente de mudança na vida das comunidades, promovendo educação, saúde e bem-estar a partir de uma abordagem colaborativa”, explicou Geraldo Pereira. UNA-BRASIS – O Projeto Manduri faz parte da plataforma UNA-BRASIS, iniciativa da desenvolvedora BRASIS, que reúne diversas ações sociais voltadas para a responsabilidade socioambiental em seis locais da Bahia. Em Trancoso, o Manduri conta com a parceria da Nampur. Conforme explica o diretor, o propósito central da iniciativa é multiplicar, dentro das próprias comunidades, a implementação de soluções alternativas de cooperação entre os agentes de influência socioeconômica em suas respectivas regiões.
Pereira conta que a UNA-BRASIS atua para ressaltar as vivências e tradições junto às comunidades. Entre as principais frentes estão a capacitação profissional e ambiental de colaboradores, o fomento ao empreendedorismo de associações e instituições locais e a formação de grupos de trabalho para apoiar projetos dedicados ao meio ambiente, à educação e ao esporte. “UNA nasceu, cresceu e se fortaleceu da necessidade em entendermos o que acontece na órbita de nossos projetos. Quando identificamos a ausência de iniciativas, nosso papel é levar para essas comunidades ideias do que pode ser feito – sempre a partir de uma abordagem colaborativa e cuidadosa. Para tanto, solidificar o ideal de UNA significa juntar, reunir e agregar. A preocupação com o encontro da melhor versão do ser humano junto a essas comunidades é mais que um objetivo, é nosso compromisso”, concluiu.