A Maçonaria não é uma associação com fins políticos. A discussão de política e religião é proibido nas reuniões maçônicas, pois que esses tópicos, frequentemente, são dispersivos e dividem opiniões.

Discordâncias políticas, mesmo as mais ingênuas, onde quer que ocorram tal debate, sendo entre irmãos, acabam por rotular os irmãos envolvido, queira ele ou não, como que sendo simpatizante e defensor de um determinado partido político ou de algum tipo de Governo (Autoritário ou Liberal, Ditadura, Esquerda ou Direita, Monarquia, Democracia etc.); assuntos que são sujeitos a interpretações dos demais participantes (interpretações certas ou erradas). As discussões políticas entre irmãos causam, sempre, algum tipo de constrangimento, julgamento indevido, interpretação indesejada e ou até mesmo preconceito desnecessário.

Posicionamentos com fulcro político já me colocaram em situações desagradáveis, por diversas vezes, pois que caí na tentação, me envolvendo neles, tanto em ágapes quanto em grupos de WhatsApp, seja os oficiais ou recreativos, que divididos por irmãos; quebrei a cara!

Em forma de discussão, conversa amigável e ou desinteressada, os posicionamentos políticos, quaisquer seja eles, melhores ou não, sempre encontrarão desfeches inesperados, posicionamentos idênticos ou controversos, mesmo que a conversa seja entre vários irmãos que possuem o mesmo ilusório político, daí os demais que participam do mesmo grupo, mesmo que calados, estão se posicionando e julgando, conceituando e rotulando, desnecessariamente, os do aquele grupo debatedor.

Os grupos de WhatsApp formados por irmãos maçons, em que sou admitido, regularmente, seus administradores são incitados a intervir em postagens, políticas, pois que, invariavelmente, um ou outro irmão se ao se ver obrigado a ler posicionamentos políticos com os quais não concorda acaba por intervir junto ao administrador.

Não estou aqui falando de piadas, gozações ou charges que, constantemente, recebemos, estou falando de debates calorosos que, por vezes, levam horas, com dissertações e acusações, verdadeiras ou levianas, sobre este ou aquele partido político e, ainda, sobre algum político específico e de estimação.

Em grupos de irmãos se tem a sensação de que todos somos íntimos e de que podemos falar sobre o que se quiser, entretanto, isso pode ser explosivo, talvez uma boa solução seria fragmentar interesses, grupo de esquerda, de direita, somente assuntos maçônicos e os livres para divertimentos diversos; deixando o irmão decidir onde quer ficar e com quais assuntos ele melhor se identifica. Incluir um irmão sem que ele esteja de acordo as regras vira uma BOMBA rapidinho e ponto de discórdias.

Alguns irmãos transformam o grupo em numa espécie de “chat” e passam a debater sobre assuntos de seu interesse particular por horas; assuntos que por vezes interessam somente a eles ou a parte dos frequentadores do próprio grupo, esquecendo de que os participantes alheios ao tipo de assunto ficam recebendo alertas de mensagens uma atras da outra, não querendo (ele) silenciar o grupo, pois que se interessa pela união dos irmãos e da grande maioria das mensagens veiculadas ali. Quando um desse desinteressado reclama todos os debatedores, ou não, se voltam contra ele; assim é família!

Ainda que os grupos do WhatsApp seja espaço aberto para se discutir sobre qualquer assunto, debates políticos e religiosos nunca terminam bem; pois políticos e sistemas políticos são idolatrados por uns e odiados por outros. Assim sendo, este é o conselho de quem já conquistou alguns desentendimentos (desnecessários): Pelo bem de todos do grupo, o ideal é evitar entrar neste tipo de discussão; pois, independente da política vivida pelo País e dos políticos que o administram, somos maçons, somos irmãos.

Estamos nos aproximando de um pleito eletivo, faltam apenas quatro meses, devemos evitar debates, bate-bocas, sobre política, afinal, mesmo em nossos grupos, continuamos a pelejar em família.

Por Ir.•.  Leonardo Garcia Diniz

Mes.•.  Maç.•.  das AA.•. R.•. L.•. S.•. Amparo e União, 260 e Vigilância e Resistencia n° 70, Or.•.  Ilhéus, sul da Bahia.