Uma instituição secular, que resiste ao tempo, tudo muda, mas a maçonaria, que surgiu por meio de encontros de pedreiros, resiste ao tempo, com seus ritos, seus templos maravilhosos, um mais belo que o outro.

Os segredos da construção eram guardados a sete chaves, os profanos iniciavam nos augustos mistérios e aos poucos iam se aperfeiçoando, quando chegavam a mestre recebia a missão de passar para os mais novos toda sua arte e destrezas sobre a arte de construir, mandavam para outros orientes mestres com o intuito de passar a arte de construir, passada a aqueles que iniciava nos seus mistérios, a arte era passada de geração a geração.

Os seus membros usavam palavras e símbolos secretos para que pudessem reconhecer uns aos outros sem que fossem notados. Esse era o período da maçonaria executiva.

Após esse período veio a maçonaria especulativa. Nesse período a classe burguesa, ou seja, os nobres iniciaram na maçonaria.

No seu surgimento, a maçonaria era uma entidade secreta, porém, atualmente, é uma entidade discreta.

Em 1717, nesse ano foi fundada a primeira Grande Loja de Maçonaria na Inglaterra.

Muitos são os que defende a participação da maçonaria na revolução francesa, também na independência dos Estados Unidos, lembrando que o 1º presidente dos Estados Unidos, George Washington, era Maçom.

Após a guerra, George Washington foi nomeado presidente no ano de 1789 (e reeleito nos presidenciais de 1792) e John Adams, seu vice-presidente. A cerimónia de posse, realizada em 30 de abril daquele ano, foi marcadamente maçónica. O juramento foi dirigido por Robert Livingston, Grão-Mestre da Grande Loja de Nova York. A cerimónia foi dirigida pelo Maçom, general Jacob Morton. O candidato foi acompanhado pelo general Morgan Lewis, que também era um Maçom e Washington jurou a Constituição sobre a Bíblia da Loja N° 1 de São João de Nova York”.

Vários presidentes dos Estados Unidos eram Maçons, muitos atribui o sucesso e as boas administrações dos Estados Unidos a maçonaria, pois seus líderes eram homens livre e de bons costumes.

A nossa instituição é perfeita, como seria bom se realmente os homens fossem todos maçons e praticasse na íntegra os ensinamentos da nossa ordem, o mundo seria justo e perfeito.

Os profanos quando inicia na maçonaria chegam cegos, curiosos, cheios de dúvidas, ao iniciar e ver a luz, para ser um bom companheiro depende dos ensinamentos da sua loja, do 1º vigilante que no REAA (rito escocês antigo e aceito) senta na coluna do norte, cabe a ele formar bons aprendizes para quando esses forem elevados esteja firme e forte nos ensejos de fazer progresso na maçonaria.

Quando falamos em construir o templo a virtude, estamos falando na construção do templo de dentro, é melhorar nós mesmo, missão difícil pois são muitos que continuam cegos.

Maçons livres e de bons costumes, temos muito, homens que se dedica de corpo e alma em prol de ajudar a sociedade, a diminuir o sofrimento dos menos favorecidos, aí vem a frase, daí “água a quem tem sede”, precisamos ensinar o homem a melhorar o eu, estreitar os laços de amizade e fraternidade, pois é dando que se recebe.

Seja a luz para mudar você mesmo, a luz para servir de exemplo, a luz a ser seguida.

Alguns irmãos inicia, chega a altos grãos, em altos cargos dentro da nossa instituição, aí desaprende, faz tudo errado, 0 poder corrompe o homem fraco, um ditado popular, o poder subiu  para a cabeça, quer se perpetuar no poder, se acha, acha que só ele é capaz de conduzir os trabalhos da sua loja, torna-se dono da loja, o pior que pode acontecer a nossa instituição  por isso eu defendo que ninguém deve tentar se reeleger ao cargo que ocupa, a não ser que a loja seja pequena e se ele não assumir a loja bate coluna, mesmo assim ele deve assumir pensando em passar o malhete, para que outros possa conduzir, o poder tem e precisa mudar de mão , todos somos capazes, pode ter certeza , cabe aos mais experiente, ensinar, orientar, apoiar os mais novos.

Loja forte é loja unida, “um por todos e todos por um”, independe da quantidade de obreiros, precisamos sentir prazer em ir à loja, ter saudade de reencontrar os irmãos, sessões curtas e objetivas, não repetir o que outros já falaram, as vezes o melhor é entrar mudo e sair calado, e confraternizar com todos em um ágape gostoso e prazeroso.

Uma maçonaria com lojas leves, sem dono, onde todos são capazes de assumir cargo é o ideal.

Por isso eu defendo rodízio de cargos, em sessão para preparar novos líderes, para tirar o medo, o calafrio que muitos sente ao ser convidado a assumir cargos.

Quando estava venerável fizemos sessões a título de práticas ritualísticas e de instrução, onde a gente treinava antes os aprendizes para assumir cargos, como era feito?

O titular do cargo com o templo fechado, fora do dia da sessão da loja, ia ao templo e ensinava a função e o desempenho do seu cargo ao aprendiz e companheiro, no dia da sessão abria o livro da lei, (no nosso caso a Bíblia sagrada) fechava e a título de instrução os titulares dos cargos passava seus cargos aos aprendizes e companheiro para conduzir os trabalhos e os titulares dos cargos passava a ser adjunto, um sucesso, os aprendizes e companheiros ficam entusiasmados e começam a almejar ser mestre para assumir o cargo de fato e de direito.

Temos muito a aprender com os mais novos, seja humilde e discreto, seja amigo e prestativo, ganha quem ajuda.

A maçonaria tem um objetivo, tornar o ser humano melhor, justo em suas atitudes, reto em suas decisões, ajudar os menos favorecidos, tornar feliz a humanidade, utopia? Não, se cada um de nós cumprir nossa parte, o fardo fica mais leve, precisamos ser o espelho para a sociedade.

Ir.·. José de Carvalho Peixoto.

Mestre instalado da A.·.R.·.L.·.S.·. Acácia Grapiúna, 33º, membro do Conselho de Mestre Instado da G.·.L.·.E.·.B .·.e da Academia Maçônica de Letras Ciências e Artes da Região Grapiúna (AMALCARG).