Meus prezados IIr:. a Maçonaria como todos nós sabemos é uma Instituição essencialmente filosófica, educativa e progressista, atualmente nos maçons estamos presentes em 174 países em todo o mundo. Desde o início a Instituição (MAÇONARIA) foi composta por diversos líderes, das Américas e Europa.

Os Maçons ao longo de sua existência participaram ativamente na Proclamação da Independência dos Estados Unidos da América, da Revolução Francesa, e da Proclamação da Independência do Brasil sempre com o ideal revolucionário o que fez com que a Instituição (MAÇONARIA) ganhasse amplitude em todo o planeta e passando a ter grande influência política e, no Brasil não foi diferente.

A Guerra do Paraguai que ocorreu de 1864 a 1870, foi vencida pela Tríplice Aliança, formada por Brasil, Argentina e Uruguai, mas trouxe graves consequências para o governo de D Pedro II; os militares que retornaram após a guerra estavam mais conscientes da sua importância na sociedade por causa da vitória e desejavam participar ativamente dos destinos do Brasil. O segundo imperador brasileiro estava cada vez mais ausente do país para tratamento de questões de saúde, o que enfraquecia a monarquia e fortalecia o discurso do movimento republicano de que Dom Pedro II não tinha mais condições de ser o governante do Império.

Os republicanos utilizaram a imprensa para divulgar seus discursos e atacar o Imperador. Os jornais republicanos eram lidos pela elite, e os temas neles trazidos provocavam discussões tanto entre os militares como junto ao Povo Brasileiro. O pensamento positivista estava em destaque na Europa, e o militar Benjamim Constant foi o responsável por trazer essas ideias para as Forças Armadas Brasileira. (O positivismo é uma corrente filosófica do século XIX que aposta na ordem e na ciência para a obtenção de progresso social. O pensamento positivista postula a existência de uma marcha contínua e progressiva e que a humanidade tende a progredir constantemente.).

 As crises que o Império atravessava só reforçavam os discursos republicanos da necessidade de encerrar o Segundo Reinado e iniciar um novo governo no Brasil que possibilitasse o desenvolvimento em todas as áreas da sociedade brasileira.

As causas da Proclamação da República estão ligadas à crise do Segundo Reinado. O movimento republicano se apresentou como a solução para essa crise, angariando apoio da elite brasileira. Apesar do apoio popular à pessoa do Imperador, o seu governo já não era mais efetivo, já não conseguia conter a crise do final do século XIX.

Os militares aproveitando a força da vitória na Guerra do Paraguai, quiseram participar efetivamente da política brasileira começando assim um grande atrito entre Dom Pedro II, e os militares; mas, D. Pedro II utilizando da sua autoridade de IMPERADOR, impediu essa participação. Então, o Exército mostrava-se como “salvador da Pátria”, como se fosse o único detentor da solução para a crise enfrentada pelo Império.

A união entre o Império e a Igreja Católica também foi motivo de atritos entre Dom Pedro II e religiosos que, procurando seguir as normas vindas do Vaticano no final do século XIX de combate à MAÇONARIA por motivo dela está envolvida em tudo que poderia trazer benefícios para o pais, vários bispos proibiram a participação de maçons em qualquer ordem religiosa, chegando ao ponto de mandar prender os bispos que decidiram não cumprir à risca tal medida, provocando assim o rompimento entre o Imperador e o catolicismo.

Outra questão determinante para o fim do Império e a consequente Proclamação da República aconteceu no dia 13 de maio de 1888 com o fim da escravatura no Brasil. Por motivo de ter acontecido sem nenhum pagamento de indenização aos fazendeiros que na época romperam com Dom Pedro II e se aproximaram do movimento republicano, mudando de lado politico pensado em um possível apoio econômica do novo governo; os quais na época, foram chamados de “Republicanos de última hora”.

 O enfraquecimento politico de D. Pedro II e o agravamento do seu estado de saúde deixaram o Segundo Reinado sem um comando, sem uma liderança, o que favoreceu o movimento das tropas que insatisfeitas com o Governo Imperial, lideradas pelo MAÇOM Marechal Manuel Deodoro da Fonseca, resolveram promover um movimento republicano, com o objetivo de derrubar a monarquia constitucional parlamentarista do Império do Brasil.

Sendo assim, em 15 de novembro de 1889, o Marechal Manoel Deodoro da Fonseca e seus principais estrategistas articularam um golpe militar que culminou na Proclamação da República. Com o golpe foi instaurada a forma Republicana Federativa Presidencialista do Governo do Brasil.

A Proclamação ocorreu na Praça da Aclamação, hoje Praça da República, na Cidade do Rio de Janeiro, então capital do Império do Brasil, destituído, o Imperador Dom Pedro II, e toda a família Imperial foram expulsos do Brasil, assim como todos os principais políticos favoráveis a monarquia constitucionalista parlamentarista.

Foi instituído, neste mesmo dia 15 de novembro de 1889, um governo provisório republicano no qual faziam parte, o Marechal Manoel Deodoro da Fonseca como Presidente da República e Chefe do Governo Provisório; o Marechal Floriano Vieira Peixoto como Vice-Presidente e como ministros, Benjamin Constant Botelho de Magalhães, Quintino Bocaiuva, Rui Barbosa de Oliveira, Manoel Ferraz de Campos Sales, Aristides Lobo, Demétrio Ribeiro e o Almirante Eduardo Wandenkolk, todos membros regulares da Maçonaria Brasileira.

Por Ir:. Ernande Costa Macedo

Secretário da Academia Maçônica de Letras Ciências e Artes da Região Grapiúna (AMALCARG).