Publicações abrilhantam programação da feira de Mucugê, cujo tema é ?Literatura: Rios e Matas da Narrativa?
Entre esta quarta-feira (13) e o próximo domingo (17), acontece a Feira Literária de Mucugê, a Fligê 2025. Com o tema “Literatura: Rios e Matas da Narrativa”, o evento será palco do lançamento de duas obras com o Selo ALBA Cultural, iniciativa da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) que visa promover e divulgar a produção literária e cultural baiana.
Na sexta-feira (15), às 11h, será lançado o livro “Enquadres Fotográficos Mucugê - Território da Chapada Diamantina”, de Thalison Ribeiro, guia e fotógrafo de natureza. O evento acontecerá no Palco do Mercado Literário. A publicação reúne fotografias e teve sua edição viabilizada pelo Selo Literário Fligê, com apoio do Selo ALBA Cultural.
Dividido em seis séries, o livro traz também textos do próprio Thalison, de Joab Rocha, Luiz Ribenboim e Euvaldo Ribeiro. As seis séries fotográficas compreendem capítulos dedicados à Serra da Cotinguiba, ao beija-flor-gravatinha, à flora, à fauna, a paisagens e a registros de observação de aves.
O preâmbulo do livro é assinado pela presidente da Assembleia Legislativa, deputada Ivana Bastos, que ressalta o inegável valor cultural dos registros fotográficos da fauna e da flora da região. “Como ocorre apenas com as autênticas obras de arte, ela ilustra, esclarece e informa a todos sobre essa maravilhosa dádiva natural que é a nossa tão amada Chapada Diamantina”, afirmou a chefe do Parlamento baiano.
Na apresentação do livro, Ester Figueiredo, curadora da Fligê, destacou a importância de publicar obras como a de Thalison Ribeiro. “O Selo Literário Fligê consolida o registro da produção de conhecimento literário gerado durante a realização do evento e reafirma o diálogo entre literatura e o direito à leitura para todos os públicos, como um legado editorial viabilizado com o apoio da ALBA Cultural”, afirmou a gestora.
O prefácio é assinado por Antônio Carlos Aquino de Oliveira, administrador, trilheiro e escritor. Ele enfatiza que o livro não é simplesmente um compêndio tradicional sobre fauna e flora. “Foi produzido por um nativo dotado de sensibilidade incomum e de um amor incondicional à terra onde nasceu e vive. Thalison é um menino prodígio que não abandonou suas raízes”, conta. Segundo Oliveira, a obra é “uma contribuição rica e nobre de um autor generoso, apaixonado pelo que vê e faz”.
FÉ-MENINA
Lucianna Ávila é autora de “Fé-menina - A produção literária das mulheres para as infâncias na Bahia”, que será lançado, no sábado (16), na Tenda das Infâncias, às 11h. A publicação também é fruto da parceria entre os selos literários Fligê e ALBA Cultural.
Na apresentação, Lucianna explica que o livro tem como objetivo dar visibilidade ao desenvolvimento de uma tradição literária feminina baiana, promovendo, qualificando e divulgando a produção de literatura infantil feita por mulheres no estado. “Este compêndio surgiu a partir da minha pesquisa de mestrado, que analisou a contribuição das mulheres para o desenvolvimento da literatura infantil, a partir da Bahia, na contemporaneidade”, afirmou.
Segundo a autora, os resultados do estudo revelaram que as escritoras de literatura infantil contribuem para a diversidade temática de suas obras, para a representatividade e a inclusão, para a abordagem de pautas sociais contemporâneas, para a valorização das infâncias e para o empoderamento feminino.
“As histórias das escritoras e suas influências sobre as próprias trajetórias, propósitos e projetos literários me foram contadas e me fizeram perceber um universo rico, onde o respeito às infâncias e a afirmação e valorização das mulheres, das crianças, dos negros e dos povos originários estimulam seu protagonismo e empoderamento”, descreveu Lucianna em um dos textos que integram o compêndio.
A obra reúne sete textos: “Para começo de conversa, li na Bahia”, “Uma tradição li-fé-menina”, “Era uma vez - Histórias e experiências”, “Mulheres superpoderosas - Ativismo e protagonismo”, “Quem conta um conto… - Temas e estilos”, “E foram felizes para sempre?” e “Uma andorinha só não faz verão”.