Itabuna estará mais uma vez representada na tradicional São Silvestre, que fecha em grande estilo o calendário esportivo no Brasil, no dia 31 de dezembro. Dentre os atletas que correrão os 15 quilômetros da 100ª edição da competição internacional estão Paulo Cruz, Marli Brandão, Eliene Soares e Marcelo Marques, da Associação Itabunense de Atletismo (AIA). Eles embarcaram nesta sexta-feira (26) para São Paulo com os exames em dia depois de uma parceria da entidade com a Santa Casa de Itabuna.
O presidente da AIA, Marcelo Marques, destaca a importância da participação dos itabunenses na corrida internacional e a parceria que viabilizou os exames. “Fizemos check-up para participar da prova mais concorrida do mundo. Essa iniciativa da Santa Casa nos permite viajar com a saúde em dia. Agradeço a Santa Casa pela iniciativa”, diz Marcelo.
Primeiro itabunense a participar de uma prova oficial de maratona no Rio de Janeiro, na década de 80, Marcelo Marques passou a correr meias maratonas e não parou mais. “Gostei tanto que comecei a organizar as corridas de rua em Itabuna, com objetivo de difundir o esporte não só na minha cidade, mas em também em toda a região”. Ele participa da São Silvestre desde a 60ª edição.
O REMÉDIO PARA AS DORES
Quem também participará da edição 100ª da São Silvestre é Eliene Soares, que começou no atletismo depois de uma recomendação médica. “A minha história com o esporte começou há mais de 20 anos, quando estava sentindo muitas dores pelo corpo e o médico me aconselhou a fazer exercícios. Não tinha noção de que exercício fazer. -Vai andar, caminhar ou correr – indicou o profissional na época. Achei que não iria resolver nada, mas comecei a correr. Tempo depois, eu retornei e o médico constatou que eu estava muito melhor. Foi aí que tomei gosto pelas corridas”, relata.
Eliene Soares ficou ainda mais empolgada com o atletismo depois de participar da primeira corrida mais longa, há 27 anos, quando terminou a prova em terceiro lugar no geral. Nesses anos do esporte, ela rodou parte do país competindo no atletismo. “Já competi em capitais, como Aracaju e Curitiba. Corri 42 quilômetros de maratona em São Paulo e, pela quinta vez, vou participar da São Silvestre. Neste ano, viajo tranquila, porque estou com todos os meus exames em dia. Isso graças à parceria com a Santa Casa de Itabuna”, afirma Eliene. Ela participará na faixa de 50/59 anos.
Outra corredora com muitas conquistas é Marli Brandão, que tem ainda mais tempo de estrada, ou melhor, de pista. Ela começou a prática esportiva há 40 anos, nos Jogos Inter-regionais. “Naquela época eu já ficava entre as primeiras colocadas em minha categoria, quase sempre ocupando o lugar mais alto do pódio. São 4 décadas de atletismo e não pretendo parar tão cedo”. Neste ano, a atleta fará a sua nona participação na São Silvestre, em São Paulo. Ela correrá na categoria 60/64.
Marli conta que, embora tenha participado de muitas corridas, ainda fica muito ansiosa nos dias que antecedem a São Silvestre. “Fico muito nervosa, sinto dor de barriga. Essa corrida é ainda mais especial, pois é a 100ª edição dessa grande competição. Antes do início da corrida o coração dispara, é uma emoção sempre a mais. Por isso, é muito importante estar com o exame cardiológico em dia. Essa parceria com a Santa Casa nos permitiu que fizéssemos uma bateria de exames gratuitamente”, finalizou.
De acordo com a médica Maria Carolina Reis, diretora técnica do Hospital Calixto Midlej Filho, independente da atividade física que a pessoa prática ou pretende praticar, é muito importante ficar com a saúde em dia. “Muitas vezes o atleta foca no preparo, condicionamento físico, com treinos diários, mas se esquece de olhar como está a saúde como um todo. Fazer uma avaliação cardiológica é essencial para quem faz atividade que exige mais do atleta”, explica a médica.
Maria Carolina destaca que é importante também fazer periódicos e exames específicos baseados no risco de cada atleta. A médica explica de o porquê a Santa Casa de Itabuna ter abraçado a ideia de ofertar exames aos atletas. “O nosso papel é promover saúde, prevenir doenças e outros agravos. E a gente cumpre esse papel de tentar identificar qual é o risco de cada atleta. Se há alguma intervenção específica para que eles terminem essa prova de forma segura”.


















































































