A bondade é o princípio do tato, e o respeito pelos outros é a primeira condição para saber viver.

 Henri Frederic Amel

         O evento que nós, cristãos, relembramos nos períodos da Páscoa, é o mais glorioso de quantos comemoramos Jesus, o Filho de Deus, que fora humilhado e crucificado, ressurgiu dos mortos, dando-nos, com sua vitória sobre a morte, a certeza de que nós também haveremos de ressurgir para viver uma vida eterna, gloriosa e feliz junto ao Pai.

         A ressurreição de Jesus constitui-se na certeza mais esplendente da nossa fé. Paulo, falando aos Coríntios sobre a ressurreição do Senhor Jesus: “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens” (I Cor. 15:19). Sim, porque toda a nossa esperança está consubstanciada na ressurreição, que nos assegura uma vida feliz, vitoriosa, isenta de todas as misérias desta vida.

         A ressurreição é o tema, por excelência, da pregação dos apóstolos e o fundamento sobre o qual se ergue o Novo Testamento. Alguém disse: “A certeza da ressurreição faz que se tornem pequeninas as mais ricas coroas de glória terrenas, tanto quanto as cruzes mais pesadas que levamos”. 

         Naquela manhã do primeiro dia, quando as mulheres chegaram ao sepulcro, pensando como solucionariam o problema da remoção da grande pedra, a fim de ungirem o corpo do Mestre, encontraram um túmulo vazio. Jesus não podia ficar circunscrito, encerrado em um túmulo. Ele quebrara, rompera o poder da morte e derrubara, com sua ressurreição, o seu domínio. O Apóstolo Paulo declara: “Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte” (I Cor. 15:26). Graças ao nosso Pai, porque Jesus é o Salvador perfeito, poderoso, que destruiu sempre o poder das limitações impostas pela morte.

         Conta um missionário que, certo dia, quando pregava no Norte da Índia, em praça pública, dele se aproximou um maometano, que lhe disse: “O senhor precisa admitir que temos uma coisa em nossa religião mais rica que a sua”. O missionário lhe afirmou que gostaria de conhecer que coisa era essa, e então o maometano, com visível orgulho, exclamou: “Quando nós vamos em romaria à cidade sagrada de Meca, encontramos a esquife no qual se acha Maomé. Mas quando o cristão vai a Jerusalém, nada mais encontra que um sepulcro vazio”.

         O missionário, com um sorriso feliz, respondeu ao maometano: “Aí está realmente a diferença entre os senhores e nós: Maomé está morto, jaz no seu esquife e nada mais pode fazer pelos que o seguem. Todavia, Jesus Cristo não está no túmulo, Ele ressurgiu dos mortos. A Ele foi dado todo o poder. Ele é, portanto, merecedor de toda a nossa fé, pois que nos assegura a certeza do que um dia ensinou, quando, falando a Maria, lhe disse: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo aquele que vive e crê em mim, nunca morrerá (João, 11:25-26).

         Por isso, na Páscoa, cantamos hosanas ao filho de Deus, com uma alegria, com os corações dominados por uma indizível felicidade! Cremos num Salvador vivo, glorioso, vitorioso e, por isso mesmo, nossa alma rejubila e entoa-lhe cânticos com alegria. Feliz Páscoa!  E amemos todas as obras de Deus.

Vercil Rodrigues

Jornalista – MTB/Fenaj 5.861 e fundador do Grupo Direitos (jornais impressos e online DIREITOS e O COMPASSO e Editora Direitos)