Osmundo Nogueira Gonzaga, coordenador do curso de Direito da Faculdade Anhanguera avalia a importância da denúncia a fim de conscientizar a sociedade sobre o problema; 

Bahia teve 41,642 casos no ano passado, sendo apenas 5,914 denúncias feitas – Em 2025, nesses quatro primeiros meses, a Bahia tem 6.259 casos registrados

Segundo o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC), as sete principais cidades do sul da Bahia: Teixeira de Freitas, Itabuna, Valença, Ilhéus, Porto Seguro, Eunápolis e Itamaraju registraram nesses quatro primeiros meses de 2025 o total de 473 violações (qualquer fato que atente ou viole os direitos humanos de uma vítima, como maus tratos, exploração sexual, tráfico de pessoas) contra a mulher.

2024:

– Teixeira de Freitas: 59 casos e 08 denúncias;
– Itabuna: 104 casos e 17 denúncias;
– Valença: 67 casos e 09 denúncias;
– Ilhéus: ´53 casos e 10 denúncias; 
– Porto Seguro: 52 casos e 09 denúncias;
– Eunápolis: 70 casos e 10 denúncias.
– Itamaraju: 68 casos e 05 denúncias;
 Total de casos: 473

Total de denúncias: 68 

Desse total, apenas 68 denúncias foram efetivadas (Quantidade de registros que demonstra a quantidade de vezes em que os usuários buscaram a ONDH para registrarem uma denúncia) neste 2025. Em 2024, em todo o estado da Bahia, foram 41.642 casos de violações e 5,914 denúncias registradas em 2024. Neste ano, a Bahia tem 6.259 registrados, segundo o Painel de Dados do MDHC.  

Para o coordenador do curso de Direito da Faculdade Anhanguera Osmundo Nogueira Gonzaga, denunciar a violência pode levar à intervenção imediata das autoridades para proteger a vítima e garantir a segurança da mulher. Além disso, o especialista explica que, o ato de denunciar esses crimes, contribui na responsabilização dos agressores, promove justiça para as vítimas e ajuda a prevenir futuras ocorrências. 

“Ao denunciar casos de violência, é possível interromper o ciclo de abuso e prevenir que outras mulheres se tornem vítimas do mesmo agressor. A denúncia pública da violência ajuda ainda a conscientizar a sociedade sobre a gravidade do problema, incentivando ações para combatê-lo e promover mudanças culturais e sociais. Além disso, as vítimas têm acesso a recursos e apoio, incluindo assistência jurídica, abrigo, aconselhamento e serviços de saúde mental, que podem ajudá-las a se recuperar do trauma e reconstruir suas vidas”, indica o docente da Faculdade Anhanguera. 

Por fim, o especialista dá dicassobre como as mulheres podem pedir ajuda. Confira também os canais de denúncia:

  • Realizar a chamada ao 190 polícia e conversar como se estivesse realizando pedido de delivery, é uma forma muito útil de pedido de socorro, ao perigo eminente sofrido pela mulher;
  • Além disso, qualquer cidadão pode fazer denúncias através da Central de Atendimento à Mulher, pelo número telefônico 180. As delegacias especializadas não são direcionadas a tratar apenas destes tipos penais, permitindo um socorro de forma mais ampla;

As Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs) realizam ações de prevenção, apuração, investigação e enquadramento legal. Nas unidades, é possível solicitar medidas de proteção de urgência nos casos de violência doméstica contra mulheres. Confira: Delegacias da mulher da BA: veja a lista e saiba quais funcionam 24 horas | SPM – Secretaria de Políticas para as Mulheres