O COMPASSO – Fale-nos um pouco sobre a sua trajetória maçônica até tornar-se Ven.•. Mes.•. da A.•.R.•.L.•.S.•.  Amparo e União. Victor Alvarindo – Poderia dizer que foi tudo muito rápido, entretanto, vejo de outra forma. Fui trazido a luz no dia 17 de janeiro de 2015, no Or .•. de Presidente Tancredo Neves, sede provisória da minha Loja Mãe, a A.•.R.•.L.•.S.•. Jardim das Acácias nº 235, ainda chamada de Obreiros de Teolândia no Or .•. de mesmo nome. Já morando em Ilhéus, frequentava todas as lojas da cidade, sem deixar de mão meus compromissos com minha loja mãe, indo quinzenalmente para as sessões (pois ela se reúne neste intervalo), dirigindo por várias vezes numa viagem de cerca de 350km de trajeto. Onde não houveram sacrifícios, afinal todas essas viagens eram recompensadas com aprendizado, amor fraterno, e uma Egrégora em loja que transpassava qualquer tipo de cansaço ou custo. Nessas visitas frequentes as lojas em especial a A.•.R.•.L.•.S.•.  Vigilância e Resistência, Or.•. de Ilhéus muitos IIr.•. ficavam curiosos quanto aquele novo Rito que desembarcava na região. Com aquela gravata azul, e seu avental de companheiro “TOTALMENTE ERRADO” assim alguns diziam, o que por vezes era engraçado, afinal tudo novo, tudo diferente do que era vivido. Vale lembrar que a A.•.R.•.L.•.S.•. Construtores do Templo nº 227 no Or.•. de Itabuna já funcionava a todo vapor. A função de Ven.•. Mes.•.   caiu literalmente no meu colo. Quando incentivado por IIr.•.  como Josenei Vieira Coelho, Renato Burity, Silvio Reis, Gilter Ramos, Leonardo Garcia, Fábio Oliveira e Thales Macêdo e tantos outros que diziam: “Vamos trazer esse Rito pra Ilhéus”. Alguns deles já haviam iniciado sua caminhada no Real Arco (altos graus do York). Entretanto nenhum deles queria naquele momento assumir o primeiro malhete daquela que viria a ser a caçulinha do Or.•.  de Ilhéus, então meio que através de um chamamento desses IIr.•., por ser um apoiador e por ter nascido no Rito e indicaram ao Trono. E aqui ainda estou, errando, acertando e sempre buscando aperfeiçoamento.   O COMPASSO – Quando foi fundada a Loja Amparo e União nº 260, a segunda da Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia (GLEB), a sexta e última a ser instalada no Or.•. de Ilhéus? E quem sãos os seus fundadores? Victor Alvarindo – Nossa Loja foi fundada em 14 de Novembro de 2017, e Instalada em 17 de Janeiro. Em nossa galeria de fundadores temos IIr.•. de praticamente toda a Bahia, Uruçuca, Ilhéus, Itabuna, Santo Estevão, e vários outros orientes. Entre eles, temos irmãos de altíssima doação e entrega para que nossa loja não só nascesse, mas vigorasse e obtivesse êxito no seu propósito, como os IIr.•. Ismael Pinto, Fabio Oliveira, Geraldo Sampaio, José Augusto Carvalho, Silvio Reis, além dos IIr.•. Josenei Vieira Coelho, Renato Burity, Gilter Ramos e Thales Macêdo citados anteriormente, entre outros tantos IIr.•.  que se doaram neste projeto.   O COMPASSO – Quem sãos os demais membros da histórica primeira diretoria da A.•.R.•.L.•.S.•.  Loja Amparo e União? E quais foram os critérios para a escolha desses IIr.•.? Victor Alvarindo – Ven.•. Mes.•. Victor Araújo Alvarindo, 1º Vigilante Renato Burity, 2º Vigilante Gilter Ramos, Tesoureiro Thales Macêdo, Secretário Fábio Oliveira. Montar essa diretoria foi uma das coisas mais fáceis em todo processo, nós precisávamos de uma diretoria eficaz, estudiosa, competente e de uma grande aceitação entre os IIr.•.. Buscamos em nosso IIr.•. Burity que além de tudo é um conselheiro, pessoa com a experiência em administração de lojas, e com um amor imensurável pela ordem, Gilter nos trouxe uma experiência gigantesca no Rito, Thales com sua organização financeira nos ajudou a organizar nossa casa e Fábio pelo seu desejo e competência nos assiste até então na secretaria.   O COMPASSO – Onde são realizadas as sessões da Loja Amparo e União, o dia e a hora?  Victor Alvarindo – Nossas sessões são realizadas as Quartas-Feiras de forma quinzenal, no do Palácio Maçônico Oswaldo Bernardes de Souza, sede também de nossa loja mãe A.•.R.•.L.•.S.•.  Vigilância e Resistência.   O COMPASSO – Explique o que é o Rito York? E o porquê da Loja Amparo e União ter optado por ele? Victor Alvarindo – O Rito York, é um dos Ritos mais antigos, o mais praticado em todo mundo, juntamente com o R.•.E.•.A.•.A.•. ainda assim jovem no nosso país, em especial na Bahia. Ele é um Rito bastante prático, onde se percebem várias diferenças ritualísticas quando comparados com os Ritos mais praticados aqui no Brasil. Inclusive o próprio Rito foi o incentivo pela fundação da LAU, a busca pelo conhecimento de maçonaria dos irmãos fundadores, a pluralidade de Ritos é muito grande, entretanto vemos que existe uma forte influência dos Ritos R.•.E.•.A.•.A.•. e Brasileiro em nossa região.   O COMPASSO – O que é ser Ven.•. Mes.•. de uma Loja Maçônica, especialmente Loja Amparo e União, que está começando a construir a sua história?  Victor Alvarindo – Um grande desafio, mas também uma grande oportunidade. Uma loja onde todos realizam várias funções, onde não existem o meu ou o seu trabalho, mas um trabalho a ser realizado e que será feito com maestria, o que dá um grande incentivo ao projeto.   O COMPASSO – Quais sãos as ações sociais e/ou maçônicas que o senhor e a sua diretoria tem realizado na Loja Amparo e União? Nossa loja realiza parcerias com ONGs que já realizam projetos de assistências sociais, como a ONG Amor Sem Fim, projetos tocados pela Ordem DeMolay e/ou família maçônica.   O COMPASSO – O espaço está aberto para que o senhor possa fazer suas considerações finais? Victor Alvarindo – Sempre vejo e me assusto com o tamanho da escola que é a Maçonaria, uma escola espiritual, filosófica mas principalmente uma escola de vida, que me acompanha desde os 13 anos quando iniciado no Capitulo Clodoaldo Lira Rocha da Ordem DeMolay no Or.•. de Gandu, e isso ajudou a me moldar como o homem que hoje sou. E isso eu considero uma dívida com a Ordem Maçônica que jamais poderá pagar, senão ajudando o próximo. A parte mais difícil não é ser Maçom, mas fazer o que nos comprometemos a fazer ao nos tornar Maçom num mundo tão individualista no qual vivemos.