O COMPASSO – Um pouco de História... Washington Cerqueira – Há séculos a Maçonaria vem atuando como benfeitora da humanidade, sendo que são inúmeros os projetos sociais em que a nossa Ordem é engajada e entre os projetos por ela desenvolvidos, existe um que muitas vezes é esquecido: as Academias Maçônicas. O COMPASSO – Afinal o que é uma academia maçônica de letras? Washington Cerqueira – É uma sociedade civil literária, composta de Maçons regulares, com personalidade jurídica, com o objetivo precípuo de promover o desenvolvimento da cultura maçônica. O COMPASSO – Qual é papel e a finalidade de uma academia de letra maçônica, especialmente da Academia Maçônica de Letras, Ciências e Artes da Região Grapiúna (AMALCARG)? Washington Cerqueira – seu objetivo esta definido no art. 3º, de seu Estatuto, é congregar intelectuais, membros de Lojas Maçônicas do sul da Bahia; promover palestras, conferencias, simpósios, reuniões literárias e atividades afins, principalmente de cunho maçônico; promover, sem objetivo de lucro, edição de obras literárias maçônicas, monografias.  O COMPASSO – As academias de letras maçônicas seguem algum modelo especificamente? Washington Cerqueira – Sim. O modelo de Academias Maçônicas seguem o espelho das demais academias. Estes têm origem no modelo da Grécia Antiga dos filósofos Clássicos. E Platão (428 a.C.) foi o fundador da primeira e deu o nome de Academus. À época estudava-se essencialmente aritmética, geometria e filosofia. O COMPASSO – Quando surgiu a primeira academia desse gênero no Brasil? Washington Cerqueira – A primeira Academia Maçônica de Letras no Brasil surgiu em 21 de abril de 1972, na cidade do Rio de Janeiro, que não tinha abrangência nacional, o seu âmbito é/era a capital carioca. O COMPASSO – Então quando surgiu a primeira academia desse gênero em nível nacional? Washington Cerqueira – Com abrangência nacional a primeira Academia Brasileira Maçônica de Artes, Ciências, e Letras foi fundada em 24 de janeiro de 1996, sob a presidência do célebre médico oftalmologista, escritor, jornalista, historiador e escritor brasileiro, o irmão José Castellani (29/5/1937 – 21/11/2004). O COMPASSO – Quais foram os passos iniciais da fundação da AMALCARG? Washington Cerqueira – No dia 21 de outubro de 2008, Maçons do grau 33, se reuniram da sede do Rotary Centro Para fundar a primeira Academia Maçônica de Letras da Região Grapiúna. E diversas outras reuniões foram realizadas até a Instalação e posse que se deu no dia 7 de Março de 2009, na Sala Capitular DeMolay da Loja Maçônica Areópago Itabunense. O COMPASSO – Quem compôs a sua histórica primeira diretoria? Washington Cerqueira – Presidente: Ivann Krebs Montenegro; Vice- Presidente: José Carlos de Oliveira; Secretário: Washington Farias de Cerqueira e Tesoureiro: Antônio da Silva Costa. O COMPASSO – Quem compõe a atual diretoria da Academia Maçônica de Letras, Ciências e Artes da Região Grapiúna? Washington Cerqueira – Presidente: Washington Farias de Cerqueira; Vice- Presidente: Luiz Roberto A. Rodrigues Maia; Secretário: Ernande Costa Macedo e Tesoureiro: José Alberice de Oliveira Andrade. O COMPASSO – Quem pode fazer parte da AMALCARG? Washington Cerqueira – Conforme o art. 5º, de seu Estatuto, a AMALCARG é composta de 4 classes de sócios, todos Maçons regulares: Acadêmicos ou Efetivos; Beneméritos; Correspondentes e Honorários. A categoria de Acadêmico só é acessível a Maçons Grau 33, e se restringe a 33 cadeiras. O COMPASSO – A AMALCARG é a primeira academia de letras de Itabuna? Washington Cerqueira – Ela é sim a primeira de letras de Itabuna e também a primeira Maçônica da Região Grapiúna. E foi a partir da existência dela que foram fundadas a Academia Grapiúna de Letras (AGRAL) e a Academia Letras de Itabuna (ALITA), bem como inspirou também a criação da Academia de Letras Jurídicas do Sul da Bahia (ALJUSBA). O COMPASSO – Quais são as propostas da atual diretoria da AMALCARG? Washington Cerqueira – Dentre outras, incentivar a criação de outras Academias o gênero na Bahia. Fomentar a ciência, a cultura, o conhecimento e atividade artística em todos os seguimentos é imperioso para o crescimento da sociedade, especialmente em tempos como o de hoje que estas atividades estão jogadas a segundo plano. Onde vemos prosperar a “nulidade”, em nome de interesses escusos.